12 de ago. de 2008

Leia o bilhete

Apresentação

Entre as coisas de minha história de que, realmente, me orgulho está o fato de ter aprendido a escrever muito cedo. Na envergadura dos meus 5 anos, já escrevia e lia muito bem. De certo havia determinadas dúvidas, tipo: - "mãe, essa palavra é com" c" de casa ou "c " de sapo?" coisas do método montessoriano, a quem sou eternamente grata. Obrigado Tia Lise.

Lógico que nem tudo foram flores: cadernos de caligrafia, cópias intermináveis, ditados, mas como diz o poeta maior: "tudo vale a pena, quando a alma não é pequena".

A grande revolução deu-se na 4ª série. (não sei qual a nova nomenclatura para o último ano primário), quando pudemos começar a escrever de caneta. Nessa época chegou ao Brasil umas canetas cheirosas, cor-de-rosa, com bonequinhos e tudo mais. Eu até tive umas dessas, mas sempre amei a tal da caneta BIC. Eu as compro de montão. E pasmem, eu sou talvez o único ser humano que você conhece que as usa até o fim. Isso mesmo, eu termino uma BIC e como se não bastasse com tampa e sem nenhuma mordida nela.

Também adoro blocos, cadernos, papéis de carta (não aqueles cheio de desenhos,mas os clássicos, com linhas bem claras e uma gramatura bem fina, que faz um barulhinho de papel de bala), também escrevo em guardanapos, caixinhas de remédios e até em papel de pão, embora esse seja cada dia mais raro.

Então como um bilhete que se deixa para alguém que se ama cotidianamente, deixo para vocês os meus escritos feitos com uma caneta bic num papel de pão.

Um grande beijo

Rubiane



12 comentários:

Unknown disse...

A caneta bic fez você conhecer o mundo das palavras, as quais mesmo quando você cala expressa na forma de ser. Estou encantada, um cheiro, noemia

Anônimo disse...

nao tive a sorte de ser a primeira...
amiga querida, você é um sol brilhando apesar deste dia muuuitooo chuvoso de porto alegre!
meus enormes beijos e amassos!
obrigada pelo bilhete!

Sil

Anônimo disse...

UMA PARTE DE MIM É TODO MUNDO...
Antropólogos decifrando nas rochas e em cavernas escritos de alguma geração;
Quem sabe ferir com os dedos a areia da praia em toda sua imensidão;
Quem sabe rasbiscos na neve refletindo um momento de solidão;
Quem sabe anotando um endereço em plena New York em meio aquela multidão;

OUTRA PARTE É NINGUÉM...
Quem sabe crianças e adolescentes em busca de informação;
Quem sabe adultos preteridos e impedidos pela falta que lhes faz a educação;

TRADUZIR UMA PARTE NA OUTRA PARTE...
Viabilizar para todos “um pedaço de papel e uma caneta Bic na mão”;
Abrir-lhes as fronteiras do mundo, ampliar-lhes a visão;
Gerar-lhes a possibilidade de ver, tirá-los da escuridão;
Liberdade, fraternidade, igualdade... Sermos todos, na prática, verdadeiros irmãos.

Beijão do João.

Rubiane disse...

João Batista,

Onde está o seu blog, para que possamos ler todos os dias, como orações diárias?

Por favor, não nos prive disso.

Um abraço

Rubiane

Anônimo disse...

É Rubiane, já pensei nisso; na realidade sou meio tradicional, sendo assim acredito que o ser humano, na vida, tem que plantar pelo menos uma árvore e escrever um livro.

Tenho muita vontade de escrever um; infelizmente, do Vinicius, só consegui herdar um pouco da preguiça de quem mora na Bahia.

João Batista.

Rafael Robles disse...

vc nao morde a BIC?? duvido!!!
a vida longe de voces é dificil...
Bjs

Rubiane disse...

Rafael,

Essa e outras loucuras, ainda darão um texto aqui.

Para nós também tem sido difícil a tua ausência: sushi peba, eliminatórias do "ídolos",lista de material, bola redonda e tantas outras coisas, que só quem viveu sabe.

Beijos

Unknown disse...

Rubi, como um admirador de canetas e seu também, agradeço por esse sua confissão. Eu tb consigo acabar uma carga de caneta sem morder a mesma. Só não uso BIC. As pessoas não respeitam uma BIC deixada em cima da mesa, se apoderam dela. Por isso prefiro uma Lamy, Spalding ou a velha Parker tinteiro com bomba (lembra?) que dá muito prazer toda vez que completo a carga. BJ.

Rubiane disse...

É Tonery...
As pessoas imaginam a BIC como uma qualquer, tipo as anti-heroínas de Nelson Rodrigues. Todos querem usá-las, mas ninguém pensa em seus sentimentos. Eu tenho uma 2 Lamys, guardadinhas no algodão, pois se alguém mal-intencionado as levasse acho que morreria.

Unknown disse...

Rubiane, ao ler seu texto sobre a atleta fiquei pensando que a vida é assim, não tem ensaio. Vale levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima. Um cheiro de entusiasmo, noemia

Roberta da Fonte disse...

Adorei a postagem! Me vi bastante em certos momentos. :))
Só faço uma ressalva: você deveria escrever todos os dias! É uma leitura muito gostosa!! :)

Beijos,

Roberta da Fonte
carinhoeaconchegoslings.blogspot.com

Rubiane disse...

Nossa Roberta,
ganhei meu dia.
Um beijo matinal ensolarado.
PS: Vou me esforçar para atender a sua ressalva.